terça-feira, 12 de março de 2013

A Consciência pode conhecer tudo?

Aparição de rosto e fruteira numa praia (1938), óleo sobre tela de Salvador Dalí, artista cuja obra explora o inconsciente.

Consciência e conhecimento

Como vimos, a teoria do conhecimento distingue o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito;distingue também graus de consciência e tem como centro a figura do sujeito do conhecimento, entendido como consciência de si reflexiva ou atividade racional que conhece a si mesma. Que acontecerá, porem, se o sujeito do conhecimento descobrir que a consciência possui mais um grau, além dos três mencionado, e, sobretudo, se descobrir que não se trata exatamente de mais um grau da consciência  mas de algo que a consciência desconhece e sobre o que nunca poderá refletir diretamente? Que esse algo, desconhecido ou só indiretamente conhecido, determina tudo o quanto a consciência e o sujeito sentem, querem, fazem, dizem e pensam? Em outras palavras, que sucederá quando o sujeito do conhecimento descobrir um limite intransponível chamado inconsciente?

O inconsciente

O criador da psicanalise, Sigmund Freud  escreveu que, no transcorrer da modernidade, os humanos foram feridos três vezes e que as feridas atingiram o nosso narcisismo, isto é, a bela imagem que possuímos de nós mesmos como seres conscientes/ racionais e com a qual, durante séculos, estivemos encantados.Que feridas foram essas? A primeira foi a que nos infligiu Copérnico, ao provar que a Terra não era o centro do Universo e que os homens não eram o centro do mundo. A segunda foi causada por Darwin, ao provar que os homens descendem de um primata, que são apenas um elo na evolução das espécies e não seres especiais, criados por Deus para dominar a natureza. A terceira foi causada pelo próprio Freud com a psicanálise, ao mostrar que a consciência é a menor parte e a mais fraca de nossa vida psíquica.




Crislaine da silva Goçalves

Nenhum comentário:

Postar um comentário