sexta-feira, 22 de março de 2013

A teoria da psicanálise segundo Sigmund Freud

A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud no fim do século XIX/início do século XX e está intimamente relacionada a sua prática psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de psicanálise.




           

 WANDERSON GERALDO DE FATMA

ESPELHO, ESPELHO MEU

ESPELHO, ESPELHO MEU.


Rubores, suores, taquicardia, medo, vergonha, menos valia, pensamentos confusos e pessimistas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cresce o número do que a psiquiatria classificou como “fobia social” ou “ansiedade social”. Esse quadro refere-se a um medo acentuado de situações sociais ou de desempenho perante outras pessoas, provocando graus variados de ansiedade. A pessoa reconhece que esse medo é excessivo e irracional, mas não consegue evitá-lo, acarretando “prejuízos” afetivos ou profissionais.
Diante da complexidade do fenômeno, pesquisadores da área de saúde mental têm se debruçado sobre o tema. Uma das hipóteses levantadas é a de que a cultura atual contribuiria para a exacerbação dos quadros de fobia social. Se outrora os valores estavam atrelados a ideais éticos, hoje o ideal que comanda a cena é de outra ordem – a exigência de atuações de alta performance e desempenho, representam hoje o valor que o indivíduo possui.
Considerada como a sociedade do espetáculo, hoje testemunhamos a supremacia da imagem. Para Debord, um dos filósofos mais importantes da atualidade, “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediada por imagens”. Não é à toa que as redes sociais são cada vez mais utilizadas como forma de divulgação de mínimos detalhes do cotidiano das pessoas, com pouca ou nenhuma importância, transformados em espetáculo.
Em um recente comercial de marca de carro, por exemplo, um casal aguarda, em um restaurante, por um amigo que irá apresentar a uma amiga. As qualidades citadas para justificar a razão do interesse da moça pelo rapaz dizem respeito ao fato de ele jogar tênis e ter o carro tal. Nesse sentido, os objetos performáticos são oferecidos como ornamentos fundamentais para a construção de uma imagem ideal.
Quando esses valores vão de encontro a indivíduos que têm por característica um funcionamento psíquico altamente exigente e severo, provocam um julgamento interno desmedido, um sentimento de inferioridade que pode levá-lo a acreditar que são avaliados negativamente pelos outros. Como uma forma de tentar reparar as suas “falhas” e justificar a sua presença em um grupo social, o sujeito se impõe ao cumprimento de uma imagem que, na verdade, pode estar em desacordo com a sua maneira de ser. Nesse contexto, qualquer vivência, como ser indagado, falar em público, ou simplesmente se apresentar, pode desencadear uma espécie de descontinuidade entre essa imagem, fragilmente sustentada, e um sentimento interno de desvalia.
Diferentemente de outras fobias, a fobia social se traduz por uma experiência dolorosa do sentimento de vergonha de si. O sujeito se vê inferior e incapaz de corresponder ao que julga ser um ideal social. É claro que, para uma inibição de tal natureza, é preciso tratamento. Mas, talvez seja também importante refletir sobre o aumento no diagnóstico de fobia social. Não estaria esse aumento relacionado a uma naturalização de desempenhos performáticos?
Parece que hoje as pessoas têm sofrido de “desempenho” ou da falta dele e não do sofrimento inerente ao próprio viver. Não seriam a fobia social, as depressões, a síndrome de pânico, expressões desse “novo sofrimento”? Ao invés de estarmos aumentando o número de diagnósticos, poderíamos estar marcando e sustentando a diferença, não como uma incompetência, mas como um estilo, uma forma de viver.
Os sofrimentos são, de certa maneira, o espelho da cultura de uma época. Desconstruir esse funcionamento superegoico, diminuir o excesso que há entre a exigência interna e a “realidade deformada”, pode ser uma saída.
Fátima Rabelo-Psicanalista – 04-05-2012
Postado por: Kelle poliiana

Freud fala de sua invenção: a psicanálise!

Um breve vídeo de Freud falando sobre a  invenção da psicanalise. 








Agradecimento:atlaspsico
Post: Samara Almeida

Entendendo a Psicánalise

Olá visitantes!

Aqui vai algumas dicas sobre assuntos psicanalíticos, visto em sala de aula. (peço que click na imagem para visualizá-la em tamanho normal)







Post: Samara Almeida

quinta-feira, 21 de março de 2013

Ego , Id, Superego.

Os lugares psíquicos: Id, Ego e Superego - Psicanálise de Freud

http://www.fairprint.hu/szgrafika/2006/eg.jpg

   
 Em O ego e o id (1923), Freud retoma a tarefa de dar uma descrição do quadro geral da mente - de descrever uma segunda tópica, uma dinâmica e uma economia  - a fim de propor uma outra forma de conceber psiquismo humano, que acrescenta informações à primeira já concebida. Isso se fez necessário a partir dos próprios desenvolvimentos clínicos e teóricos da Psicanálise, entre 1900 e 1923, que apontaram algumas lacunas nas primeiras concepções freudianas. Assim, Freud propõe uma nova compreensão do psiquismo que não anula a anterior, mas recoloca-a num outro lugar e ultrapassa-a em alguns pontos.

   A premissa fundamental da Psicanálise é a divisão do psíquico entre o que é consciente e o que é inconsciente, sendo impossível situar a essência do psíquico na consciência, já que esta é apenas uma qualidade do mesmo, que pode estar presente ou ausente. No entanto, essas distinções entre consciência, pré-consciente e inconsciente tornaram-se inadequadas para a Psicanálise.

   Um exemplo disso é a noção de ego. Trata-se da idéia de que em cada indivíduo existe uma organização coerente de processos mentais dominada ego. É a esse ego que a consciência se acha ligada: o ego controla as abordagens à motilidade, isto é , à descarga de excitações para o mundo externo. Ele é a instancia mental que supervisiona todos os seus próprios processos constituintes e que vai dormir à noite, embora ainda exerça a censurar sobre os sonhos. Desse ego procedem também os recalques, por meio dos quais procura excluir certos conteúdos do psiquismo.

   Em um processo de análise, esses conteúdos que foram deixados de fora colocam-se em oposição ao ego, e a análise defronta-se com a tarefa de remover resistências que o mesmo apresenta contra o surgimento do recalcado. No entanto,durante a análise, ao tentarmos obter acesso a esse recalcado, o paciente se opõe, apresenta uma certa resistência a se lembrar, a associar, de forma que o que estava oculto possa emergir. E não se dá conta disso. Da mesma maneira que ele desconhece o que está recalcado, também ignora a força que o mantém dessa maneira, não sabe sobre sua própria resistência, exercida pelo ego. Há algo no ego_a resistência _que também é inconsciente, o que faz com que essa denominação não possa ser atribuída mais apenas ao que é recalcado e desejável.

   A partir disso, Freud reconhece que o inconsciente não coincide com mais com o recalcado: tudo o que é recalcado é inconsciente, mas nem tudo que é inconsciente é recalcado. Também uma parte do ego pode ser inconsciente. O fato de ser inconsciente começa a tornar-se apenas uma qualidade que não define nada.

   Quando Freud aponta, em O ego e o id (1923), que definir algo como consciente ou inconsciente não garante muita coisa, já que não garante a oposição entre instância recalcante e a instância  recalcada, isso se deve à observação da resistência. A resistência faz parte dos atributos do eu e, no entanto, não é percebida. Ele se propõe, então, a pensar em como algo se torna consciente, a partir do que proporá uma nova configuração psíquica.

   A consciência é a superfície do aparelho mental, o sistema que primeiramente é atingido pelo mundo externo. O ego tem origem no sistema perceptivo e começa por ser pré-consciente. O id é a entidade que se comporta como se fosse inconsciente. O individuo é como um id psíquico, desconhecido e inconsciente, sobre cuja superfície repousa o ego, desenvolvido a partir do seu núcleo, o sistema perceptivo. O ego não se acha separado doid, funde-se com ele. O recalcado também se funde com id, é parte dele, mas não é todo oid. Além dele, o id guarda em si as moções pulsionais.

   O ego é aquela parte do id que foi modificada pela influência do mundo externo, por intermédio da percepção-consciência. É uma extensão dessa diferenciação da superfície. Procura aplicar influência do mundo esterno ao id, esforçando-se para substituir princípio de prazer pelo princípio da realidade. Ele controla as descargas à motilidade, é um egocorporal, a projeção de uma superfície. Deriva das sensações corporais, principalmente das que se originam da superfície do corpo.

   Mesmo operações intelectuais sutis e difíceis podem ser executadas de forma pré-consciente. A autocrítica e a consciência moral são inconscientes. A resistência é inconsciente. Freud então vai mais afundo naquilo que seria o mais elevado do ego e, no entanto, inconsciente, para falar do superego.

   O superego é uma gradação do ego, uma diferenciação do mesmo, assim como o próprio ego constitui-se como diferenciação do id. Não está vinculado a consciência, relacionando-se com a consciência moral, a autocrítica e os ideais a serem perseguidos e almejados por um sujeito.

   O ego se forma a partir das identificações. Por identificação, Freud define o processo pelo qual o sujeito assimila alguma característica de outro, transformando-se a  partir disso. A constituição do sujeito depende das mesmas, uma vez que seu ego é um composto das muitas identificações realizadas desde a infância por ele. O caráter do ego é um precipitado das catexias objetais abandonadas, sendo que ele contém a história dessas escolhas de objeto. O mesmo ocorre com superego, composto a partir das identificações efetuadas por tal sujeito ao passar pelo complexo de Édipo. Portanto conforme o aparelho psíquico se forma e as instâncias vão se diferenciando do id, as identificações têm papel preponderante nessa constituição. O id é o reservatório da líbido. Os efeitos das primeiras identificações efetuadas na infância são gerais e duradouros.

   Assim, o superego é um resíduo das primitivas escolhas objetais do id e uma formação reativa contra essas escolhas. Sua relação com o ego funda-se nos preceitos: 'você deriva ser assim' e 'você não pode ser assim'. Deriva sua existência do complexo de Édipo e tem por missão recalcá-lo. Retém o caráter do pai, tomando dele a força necessária para proibir a realização dos desejos edipinianos. O superego é herdeiro do complexo de Édipo.

   Após termos percorrido as transformações dos lugares psíquicos por meio do estudo das suas tópicas, podemos perceber que tal transformação ocorre porque, entre a primeira e a segunda, o que se interpõe são noções fundamentais como Complexo de Édipo, identificações, formação do superego, emoções pulsionais etc. Assim, o que faltava à teoria de 1900, além de um maior refinamento do que seria inconsciente e consciente, eram as proposições que levassem em conta a sexualidade e as pulsões. Um passeio pelas mesmas se faz necessário.



http://www.psicoloucos.com/Psicanalise/id-ego-e-superego.html


Postado por : David Evandro de Amorim


sexta-feira, 15 de março de 2013

A Teoria da Motivação segundo Freud

Olá Visitantes! vamos entender um pouco sobre a teoria da motivação.


Fundamentos da teoria:
  • Todas as nossas motivações são pulsionais 
  • A pulsão é uma força ou energia que tem como fonte uma tensão orgânica contínua e como objetivo a descarga da tensão acumulada.
  • A libido (desejo sexual) é a principal manifestação da energia pulsional, pelo que desempenha um papel preponderante nos nossos comportamentos.
  • A não liberação das energias pulsionais acumuladas (na maior parte das vezes pela invenção do superego) gera conflitos intrapsíquicos que conduzem a ansiedade e a neurose.
  • Se a saída normal (para a libertação dessas energias) estiver bloqueada, a libertação tendera a realizar-se por outras vias.
  • Existe um conjunto de mecanismos de defesa do ego que permite resolver os conflitos intrapsíquicos, garantindo o equilíbrio psíquico do individuo. 








Agradecimento:  Francisco Lopes 
Fotos:  J. Pedro Martins e Antonio Felix/Olhares.com

Samara Almeida

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sigmund Freud - A Invenção da Psicanálise

Esse documentário mostra de forma fantástica a histórica criação da Psicanálise, o vídeo é extremamente rico em material fotográfico e vídeos raros, como as últimas imagens de Freud em seu apartamento em Viena, pouco antes do exílio em Londres feitas por Marie-Bonaparte neta de Napoleão Bonaparte. Traz ainda a única gravação em áudio da voz de Freud em entrevista à BBC de Londres em 07 de dezembro de 1938. Mostra, detalhadamente, a trajetória da psicanálise, desde seu nascimento até as direções tomadas no período após a morte de Freud, associando-a aos fatos históricos de cada época.




                                                                           
                                                                                                                            Post: Nagib Aouar

Abuso de drogas: uma visão psicanalítica




A questão da drogadição (adição, apego, uso, dependência de drogas) é complexa, uma vez que envolve a causa original, psíquica, além da dependência química, com seus conseqüentes danos físicos e pessoais – nem sempre reconhecidos – e as situações envolventes familiares e sociais.

A Psicanálise é uma disciplina de profunda compreensão do funcionamento mental e emocional, e uma prática terapêutica singular para o tratamento dos conflitos psicológicos e sofrimentos decorrentes. Dos estudos psicanalíticos a partir desta pratica clínica, podemos apontar os pontos a seguir.

1. A compreensão do problema. Através do uso de drogas o indivíduo estabelece e inicia uma atividade compulsiva onde a motivação interna, inconsciente, é de se livrar de um estado íntimo perturbado ou de um sentimento ruim interno e de tudo que é sentido como indesejável ou intolerável, mesmo o que é natural e próprio da realidade. Isso é feito com a impressão ilusória de que está buscando algo bom. Há elementos psíquicos primitivos operando fortemente: a intolerância à frustração, aos limites, à espera, acionando a compulsão à repetição, associada à voracidade e, o que é menos reconhecido, à ação da auto-destrutividade. Esta é uma força psíquica instintiva, primitiva e inconsciente, com efeitos prejudiciais e desastrosos na relação da pessoa com ela mesma e com os demais; mas há muita resistência em reconhecê-la e admiti-la.

2. Há na drogadição uma busca de certa substituição (infrutífera) do que falta à pessoa em auto-estima, em tolerância à realidade, em realizações construtivas e do que sobra em desconhecidos conflitos emocionais, interiores, fazendo-a levar-se por sensações causadas quimicamente pela droga que “está à sua mão”. É o imediatismo e a ilusão de poder, em lugar da construção de uma realização, ou seja, de uma satisfação dentro da realidade.

3. A negação e a eliminação dos limites, das dificuldades naturais, da realidade objetiva e do “outro” (aquele de quem se precisa) é predominante no usuário de drogas (drogadito). Assim como a negação para si mesmo da intensidade da dependência (é tão comum se ouvir: “quando eu quiser, eu paro...”) e dos danos e prejuízos que se causa.

E como pode a psicanálise, em sua prática terapêutica, ajudar aqueles que sofrem de dependência química, física e psíquica? Quando alguém chega a um psicanalista, desde o início se estabelece uma parceria, a dupla de trabalho, o que por si só é um alento significativo para quem sofre principalmente se há alguma consciência de que vem se causando sérios prejuízos. Assim, a relação terapeuta-paciente, o compromisso compartilhado, numa continuidade intensiva, estimula a busca e a descoberta do “conhecer a si mesmo”, indispensável para possibilitar uma mudança interna. Haverá, então, um trabalho de conhecimento e compreensão de como se estabeleceu – e porque se repete – a dependência. Esta é uma situação (a do entendimento) muito diferente do que o usuário de drogas está acostumado a encontrar na família e na sociedade: reprovação, cobrança ou desqualificações. Com o progresso do tratamento e o entrosamento da dupla analítica, começa a haver progressivamente um reconhecimento pelo analisando do quanto ele mesmo é o causador de seus sofrimentos, de sua dependência. Isto sem que haja um estado de culpa reprobatória, mas sim o de lamento e pesar que sugere superar-se. Assim, vai ficando claro que, mais do que ninguém ou que qualquer medicação, é o próprio usuário de drogas, agora também analisando, quem poderá consertar o que desarrumou e danificou em seu mundo mental e pessoal. Isto irá ocorrer através do exercício continuado, em cada sessão, do uso da capacidade de pensar: descobrir e identificar os componentes psíquicos, emocionais, em litígio internamente, desenvolvendo-se, então, impulsos de mudança e transformações. Muitos exemplos da experiência clínica elucidariam este processo terapêutico, mas não cabem neste contexto.

O tratamento psicanalítico não se limita apenas a ajudar na descoberta e superação de conflitos internos e seus sintomas e distúrbios decorrentes, mas ainda, e de forma intensa, na possibilidade de o analisando reconhecer muitas capacidades criativas e atributos de crescimento e desenvolvimento que são desconhecidas por ele e estão presas, obstaculizadas pela drogadição. É impressionante perceber na prática clínica o quanto que as pessoas não têm consciência dos distúrbios internos próprios (que causam sérios prejuízos em suas vidas), como também não conhecem os muitos recursos e potenciais construtivos que possuem. O aspecto mais grave da drogadição é de sua patologia e seus danos não perceptíveis, não admitidos, disfarçados, minimizados. A sua prática realizada em grupos, adeptos também, banalizada, justificada até, vai reforçando mecanismos que seduzem e estimulam seu reasseguramento, não permitindo autocrítica. Quando os prejuízos e sofrimentos se tornam evidentes e dramáticos, já são “casos avançados”, complicados. O método psicanalítico de tratamento tem condições de alcançar os níveis inconscientes, identificar os conflitos que se transformam em sintomas e compulsões e, com isso, muitas vezes, se torna uma experiência preventiva, uma mudança de rumo que auxilia a evitar maior comprometimento com as drogas.

Certamente os casos de dependência química requerem procedimentos terapêuticos intensivos e rigorosos, cuidados indispensáveis. Além deles, junto a eles, a recomendação da terapêutica psicanalítica é válida como um recurso específico para alcançar a conscientização do que está por trás da dependência, na origem psíquica, onde os medicamentos não alcançam. E para os casos menos graves ou situações de risco de “cair na drogadição”, é terapêutica muito favorável.
                                                                                  (José Carlos Zanin/médico psicanalista )
                                                                                                                  Post: Nagib Aouar


terça-feira, 12 de março de 2013

Ética e psicanálise


Quando estudamos o sujeito do conhecimento, vimos que a psicanálise  introduzia um conceito novo, o inconsciente  que limitava o poder soberano da razão e da consciência, além de descortinar a sexualidade como força determinante de nossa existência, nosso pensamento e nossa conduta. No caso da ética, a descoberta do inconsciente traz consequências graves tanto para as ideias de consciência responsável e vontade livre como para os valores morais.
       A psicanálise mostra que somos resultado de expressão de nossa história de vida, marcada pela sexualidade insatisfeita, que busca satisfações imaginárias sem jamais poder satisfazer-se plenamente. Mostra-nos também que nossos atos são realizações inconscientes de motivações sexuais que desconhecemos e repetimos vida afora. Do ponto de vista do inconsciente, mentir , matar, roubar,seduzir, destruir, temer ambicionar, são atos simplesmente amorais, pois o inconsciente desconhece valores morais. Inúmeras vezes comportamentos que a moralidade julga imorais são realizados como auto defesa do sujeito, que os emprega para defender sua integridade psíquica ameaçada (real ou fantasiosa) . Se são algo moralmente condenáveis, podem, porém, ser psicologicamente necessários.  A psicanalise encontra duas instâncias, o id ou libido sexual e o superego ou censura moral, interiorizados pelo sujeito, que absorve os valores de sua sociedade. Nossa psique é um campo de batalha inconsciente entre desejos e censura. 
Crislaine da Silva Gonçalves

A Consciência pode conhecer tudo?

Aparição de rosto e fruteira numa praia (1938), óleo sobre tela de Salvador Dalí, artista cuja obra explora o inconsciente.

Consciência e conhecimento

Como vimos, a teoria do conhecimento distingue o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito;distingue também graus de consciência e tem como centro a figura do sujeito do conhecimento, entendido como consciência de si reflexiva ou atividade racional que conhece a si mesma. Que acontecerá, porem, se o sujeito do conhecimento descobrir que a consciência possui mais um grau, além dos três mencionado, e, sobretudo, se descobrir que não se trata exatamente de mais um grau da consciência  mas de algo que a consciência desconhece e sobre o que nunca poderá refletir diretamente? Que esse algo, desconhecido ou só indiretamente conhecido, determina tudo o quanto a consciência e o sujeito sentem, querem, fazem, dizem e pensam? Em outras palavras, que sucederá quando o sujeito do conhecimento descobrir um limite intransponível chamado inconsciente?

O inconsciente

O criador da psicanalise, Sigmund Freud  escreveu que, no transcorrer da modernidade, os humanos foram feridos três vezes e que as feridas atingiram o nosso narcisismo, isto é, a bela imagem que possuímos de nós mesmos como seres conscientes/ racionais e com a qual, durante séculos, estivemos encantados.Que feridas foram essas? A primeira foi a que nos infligiu Copérnico, ao provar que a Terra não era o centro do Universo e que os homens não eram o centro do mundo. A segunda foi causada por Darwin, ao provar que os homens descendem de um primata, que são apenas um elo na evolução das espécies e não seres especiais, criados por Deus para dominar a natureza. A terceira foi causada pelo próprio Freud com a psicanálise, ao mostrar que a consciência é a menor parte e a mais fraca de nossa vida psíquica.




Crislaine da silva Goçalves

Narcisismo


Conta o mito que o jovem Narciso, belíssimo, nunca tinha visto sua própria imagem. Um dia, passeando por um bosque, encontrou um lago. Aproximou-se e viu nas águas um jovem de extra ordinária beleza e pelo qual apaixonou-se perdidamente. Desejava que o jovem saísse das águas e viesse ao seu encontro, mas como ele parecia recusar-se a sair do lago, Narciso mergulhou nas águas, foi ás profundezas á procura do outro que fugia, morrendo afogado. Narciso morrera de amor por si mesmo, ou melhor, de amor por sua própria imagem ou pela auto-imagem. O narcisismo é o encantamento e a paixão que sentimos por nossa própria imagem ou por nós mesmos, porque não conseguimos diferenciar um do outro. Como crítica à humanidade em geral - que se pode vislumbrar em Freud - narcisismo é a bela imagem que os homens possuem de si mesmos, como seres ilusoriamente racionais e com a qual estiveram encantados durante séculos.
RAIANE CRISTINA SOARES 

Complexos de Édipo


      Depois de ver nos seus clientes o funcionamento perfeito da estrutura tripartite da alma conforme a teoria de Platão, Freud volta à cultura grega em busca de mais elementos fundamentais para a construção de sua própria teoria.
No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud introduziu o conceito na sua  Interpretação dos Sonos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se casou com sua mãe. Freud atribui o complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente proibitiva nem excessivamente estimulante, o estagio seria ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto, ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de gerar o complexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o complexo de Édipo a mais importante conquista social da mente humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais. 

RAIANE CRISTINA SOARES  

segunda-feira, 11 de março de 2013

Entendendo a Abordagem Psicodinâmica. (Resumo)


  • A abordagem psicodinâmica tenta entender o comportamento em termos do funcionamento da mente, com ênfase na motivação e no papel da experiência passada.
  • A teoria psicanalítica enfatiza a importância do determinismo psíquico e das pulsões inatas, o papel da mente inconsciente e a continuidade do comportamento normal e anormal.
  • Ao discutir o conteúdo da mente, Freud distinguiu entre a mente consciente e o subconsciente (compreendendo no pré- consciente e no inconsciente).
  • A teoria da personalidade de Freud considera o comportamento em termos dos relacionamentos dinâmicos do Id, do Ego e do superego.
  • Freud descreveu o desenvolvimento em termos de cinco fases psicossexuais, distinguidas por mudanças no modo de gratificação básico: oral, anal, fática, de latência e genital. Cada fase é marcada por desafios e por conflitos específicos; destes, o complexo de Édipo (na fase fálica) talvez seja o mais importante em termos do desenvolvimento posterior.
  • A psicanálise, fazendo a suposição do determinismo psíquico, considera que todo comportamento tem significado; consequentemente, Freud observa-va tudo, desde os sonhos até as parapraxias (atos falhos) e a arte como expressões da dinâmica da mente.
  • Lida-se com a ansiedade, que resulta de conflitos internos do individuo, através do uso de vários mecanismos de defesa, como o deslocamento e a repressão, que reduzem a ansiedade distorcendo a realidade, em vez de resolverem o conflito.
  • Embora muito abrangente, a teoria de Freud tem limitações (incluindo problemas de verificabilidade) e, mesmo em seu tempo de vida, teorias concorrentes foram desenvolvidas, inclusive várias por seus ex-discípulos.
  • Os mais conhecidos dos discípulos de Freud são Carl Jung e Alfred Adler, que são considerados teóricos neofreudianos; outros teóricos psicodinâmicos, como Karen Horney e Erik Erikson, são em geral, encarados como teóricos psicodinâmicos não-freudianos. 
  • As teorias psicodinâmicas proporcionam uma abordagem distinta para o entendimento do comportamento; a principal dificuldade é encontrar uma maneira eficaz de avaliar as varias teorias existentes na abordagem. 





Foto: Entre o purgatório e a (psic)análise Olhares.com
Samara Almeida

sábado, 9 de março de 2013

As Estruturas do Aparelho Mental: Ego, Superego e ID -

Freud sugeria, já em seus primeiros trabalhos, a divisão da mente entre uma parte consciente e outra inconsciente. Segundo ele, a parte consciente da nossa mente é a menor delas, revelando apenas uma parte superficial da nossa personalidade. Já a parte inconsciente da mente seria onde nossos instintos herdados da evolução estariam localizados, ou seja, as pulsões que influenciam todo o comportamento humano. Usando a metáfora do iceberg, a parte consciente da nossa mente seria apenas a ponta do iceberg - se comparada com o a parte submersa, ou o inconsciente, o topo do iceberg parece insignificante em comparação com a imensidão e complexidade da parte submersa.

Assim como um Iceberg, nossa mente é muito maior e complexa
do que a superfície deixa transparecer


Nosso aparelho mental é, ainda, dividido em três estruturas básicas: O Ego, ID e Superego. Cada uma delas é responsável por um aspecto da nossa personalidade e são responsáveis pelo modo como interagimos com outras pessoas e com o mundo. Segue abaixo uma breve explicação sobre cada uma dessas estruturas:


O ID: Do alemãe es, "isso". São nossos impulsos mais primitivos, herdados da evolução da espécie (a libido, paixões, agressividade...), nossas pulsões de vida e morte. É regido pelo princípio do prazer e é uma parte totalmente inconsciente da nossa mente.

O Superego: Do alemão Überich, "supereu". Seu conteúdo faz referência à exigências sociais, morais e culturais. O superego nem sempre é consciente e tem como função conter impulsos enviados pelo ID e que vão contra às regras aprendidas de normas morais da sociedade. É responsável por sentimentos como culpa e remorso.

O Ego: Do alemão Ich, "eu", o Ego é o modo como agimos e nos mostramos aos outros. O Ego é regido pela razão: tem como função regular a busca da satisfação de desejos com as exigências morais e valores da sociedade. Ou seja, o Ego existe para equilibrar o os desejos do ID e as exigências do Supergo.


O Ego e o Supergo tem partes conscientes e inconscientes, enquando o ID é insconsciente em sua totalidade.

Devido a essa interação entre as diferentes estruturas, muitas vezes a parte inconsciente ego procura maneiras para proteger-se dos fortes impulsos provenientes do ID, gerando assim os Mecanismos de Defesa da Mente

André Mota

sexta-feira, 8 de março de 2013

MECANISMOS DE DEFESA


 São processos subconscientes que permitem à mente encontrar uma solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência. A psicanálise supõe a existência de forças mentais que se opõem umas às outras e que batalham entre si. Freud utilizou a expressão pela primeira vez no seu "As neuroses e psicoses de defesa", de 1894. Os mecanismos de defesa mais importante são:
Repressão, que é afastar ou recalcar da consciência um afeto, uma idéia ou apelo do instinto. Um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa pode ser completamente esquecido e se tornar não evocável.
Defesa de reação, que consiste em ostentar um procedimento e externar sentimentos ambos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis. Um pai que é pouco amado, recebe do filho uma atenção por vezes exagerada para que este convença a si mesmo de que é um bom filho.
Projeção. Consiste em atribuir ao outro um desejo próprio, ou atribuir a alguém, algo que justifique a própria ação. O estudante cria o hábito de colar nas provas dizendo, para se justificar, que os outros colam ainda mais que ele.
Regressão é o retorno a atitudes passadas que provaram ser seguras e gratificantes, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Devaneios e memórias que se tornam recorrentes, repetitivas. Aplica-se também ao regresso a fases anteriores da sexualidade, como acima..
Substituição. O inconsciente, em suas duas formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficaz para essa manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto aceitável por ela e por meio do qual ela pode satisfazer o Id ou o Superego. Os substitutos são imagens (representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico que, ao ocultar e dissimular o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio materno; tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada no lugar do pai ou da mãe, de acordo com as fases da sexualidade, como acima).
Além dos substitutos reais, o imaginário inconsciente também oferece outros substitutos, os mais freqüentes sendo os sonhos, os lapsos e os atos falhos. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a satisfação imaginária do desejo. Alguém sonha, por exemplo, que sobe uma escada, está num naufrágio ou num incêndio. Na realidade, sonhou com uma relação sexual proibida. Alguém quer dizer uma palavra, esquece-a ou se engana, comete um lapso e diz uma outra que o surpreende, pois nada terá a ver com aquela que queria dizer: realizou um desejo proibido. Alguém vai andando por uma rua e, sem querer, torce o pé e quebra o objeto que estava carregando: realizou um desejo proibido.
Sublimação. A Ética pede a renúncia às gratificações puramente instintuais por outras em conformidade com valores racionais transcendentes. A sublimação constitui a adoção de um comportamento ou de um interesse que possa enobrecer comportamentos que são instintivos de raiz Um homem pode encontrar uma válvula para seus impulsos agressivos tornando-se um lutador campeão, um jogador de fotball ou até mesmo um cirurgião. Para Freud as obras de arte, as ciências, a religião, a Filosofia, as técnicas e as invenções, as instituições sociais e as ações políticas, a literatura e as obras teatrais são sublimações, ou modos de substituição do desejo sexual de seus autores e esta é a razão de existirem os artistas, os místicos, os pensadores, os escritores, cientistas, os líderes políticos, etc.
Transferência. Freud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que aquele havia tido com seus pais e que inconscientemente projetava no terapeuta. O impasse que existiu nessa relação infantil criava impasses na terapia, de modo que a solução da transferência era o ponto chave para o sucesso do método terapêutico. Embora Freud demorasse a considerar a questão inversa, a da atratividade do paciente sobre o terapeuta, esse problema se manifestou tão cedo quanto ainda ao tempo das experiência de Breuer, que teria se deixado afetar sentimentalmente por sua principal paciente, Bertha Pappenheim
Os mecanismos de defesa são aprendidos na família ou no meio social externo a que a criança e o adolescente estão expostos. Quando esses mecanismos conseguem controlar as tensões, nenhum sintoma se desenvolve, apesar de que o efeito possa ser limitador das potencialidades do Ego, e empobrecedor da vida instintual. Mas se falham em eliminar as tensões e se o material reprimido retorna à consciência, o Ego é forçado a multiplicar e intensificar seu esforço defensivo e exagerar o seu uso. É nestes casos que a loucura, os sintomas neuróticos, são formados. Para a psicanálise, as psicoses significam um severa falência do sistema defensivo, caracterizada também por uma preponderância de mecanismos primitivos. A diferença entre o estado neurótico e o psicótico seria, portanto, quantitativa, e não qualitativa. 


Raiane Cristina Soares 

quinta-feira, 7 de março de 2013

A estrutura da Psique



  • O Consciente corresponde a dimensão racional da psique. ao nível do consciente tomamos conhecimento da realidade exterior, e também dos nossos conteúdos mentais não recalcados ao nível do inconsciente. Para Freud o consciente tem apenas uma dimensão da psique.
  • O Inconsciente a mais importante instancia da psique, a mais vasta também, no inconsciente esta toda a interpretação para todos os nossos comportamentos. 
  • O pré consciente permite que alguns conteúdos de ambos acima, como por exemplo do inconsciente sejam 'disfarçados' ou 'escondidos' para que não ocorra distúrbios no consciente.



Em fim, quando Freud desenvolveu a teoria psicanalítica, observou que existe um mecanismo de segurança que impede que certos conteúdos 'ameaçadores' cheguem ao consciente, trata se da barreira da censura que é responsável pelo recalcamento desses conteúdos perigosos. 




Agradecimento: 
Francisco Lopes e bioqmed.ufrj.br


Post: Samara Almeida 

O QUE É A PSICANÁLISE

A PSICANÁLISE

É a ciências do inconsciente. É conhecida também como a ciência Arte. È a forma de tratamento das neuroses através do processo de Livre Associação,Interpretação de sonhos, análise dos Atos Falhos e da Resistencia. A Psicanálise foi criada pelo grande médico neurologista judeu/ Austríaco Sigmund Freud, que viveu entre 1856 e 1939. É uma ciência de vanguarda, da maior importância para que o homem se compreenda, se resolva e compreenda o próximo na sociedade em que vive. No dizer de Freud "é a profissão de pessoas que curam alma, que não necessitam ser médicos e que não devem ser sacerdotes". Seu propósito é descobrir, no inconsciente dos seres humanos, suas necessidades, complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional.   
Raiane Cristina soares



segunda-feira, 4 de março de 2013

CONSCIENTE x INCONSCIENTE

Começar a desmistificar o ser criança, foi uma das maiores contribuições da psicanalise. Freud diz que as crianças desde cedo já possuem vontade de fazer sexo e/ou de matar. A sua ideia naquela época, não foi bem recebida, pois as crianças eram vistas como belos anjos puros de pecado que habitam nosso meio. Porém, essa foi a maior das contribuições. Esse desejo de matar e ter nossos pais como nossos companheiros já não mais lembramos pois está localizado em nossa parte inconsciente da psique, mas sabemos que somos como os passarinhos, que tentam matar os irmãozinhos para ter atenção.
Ao longo do tempo nossos comportamentos, tanto os positivos quanto os negativos vão sendo filtrados e selecionados para o nosso bem, é o que chamamos de seleção natural.
Explicando melhor essas seleções sabemos que as funções cerebrais batem na psique e são chamadas de pulsão. Elas vão bater no cérebro e vão gerar a pulsão que vai gerar a energia, essa energia básica que move toda a psique, a chamamos de libido.
CENA PRIMÁRIA
A parte consciente é o que vamos e fazemos atualmente. Nossos desejos mais primatas foram para a parte inconsciente.
Entre eles há uma barreira. É difícil trazer algo do inconsciente para o consciente. São momentos de muita angustia e dor.
A psicoterapia vai trabalhar os meios de defesa, ela vai tentar furar essas barreiras, e não vai ser bom, pois você vai entrar em catártico, que é a superação, o enfrentamento, mas depois que isso passar, ai você vai ficar de boa, e a vida vai seguir.
1ª TÓPICA
O pré-consciente é onde a informação não sofre nenhum problema em vir para o consciente, ela não causa medo.
2ª TÓPICA
Esse parte representativa chamada EGO está dividida, uma parte está no consciente e a sua outra metade,  o SUPEREGO também. A maioria das coisas que fazemos é inconsciente (não sabemos que estamos fazendo).
ID significa ISSO... exatamente ISSO eu não vejo. Eu sei o que é, mas eu não consigo “nomear” . Quando eu nomeio eu consigo trazer pro consciente. Na parte ID, tudo é festa (matar é festa, comer carne é festa).
O EGO sou eu. Ele faz a imediação entre o SUPER EGO (o que devo fazer) – (vontades imediatistas) e a realidade. O EGO é o equilíbrio dos desejos e do mundo real.
O SUPEREGO é o super eu. E ele vem dizer o que eu devo fazer, e se isso é o correto, então eu devo fazer. Pessoas ranzinzas tem o superego elevadíssimo.
Freud entende que o método catártico dele é o mesmo de Breuer. O que ele fez foi apenas interpretar os métodos em 1ª e 2ª tópica.
Então fica assim definido: 
A abordagem da psicologia que traz os comportamentos do inconsciente para o consciente é a psicanálise.
A abordagem da psicologia que constrói primeiro uma regra de comportamentos e os traz para o consciente é o behaviorismo.
Escondemos os conteúdos no inconsciente pois não conseguimos ficar a todo momento lembrando de todas essas coisas (pois são coisas obscuras). Quando tudo começa a ficar mais sério, a mente logo se trata de bloquear esses pensamentos.
O esquecido é algo penoso, resultado de um evento ruim, pode também ser algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. Freud chamou de repressão esse processo psico que visa encobrir, desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa na origem do sintoma.
Define-se então psicanalise enquanto teoria, um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. E enquanto método de investigação: método interpretativo, busca de significados.
A maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referem-se a conflitos de ordem sexual.
Esses conflitos tem como ocorrência nos primeiros anos de vida. 
A função sexual existe desde o principio da vida não somente a partir da puberdade.



Postagem feita por: Gustavo Nunes


Teorias de Sigmund Freud

 Uma das mais importantes descobertas de Freud é a de que há uma sexualidade infantil: o psiquismo humano forma se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais (a libido) e a realidade. pode se dizer que, nos somos o resultado da historia da nossa infância. Outra descoberta é a de que a nossa mente consciente não controla todos nossos comportamentos, ou seja não somos donos de nós mesmos. 
Todos os nossos comportamentos resultam de uma fonte inesgotável e as nossas manifestações resultam de muitas formas. dentro dessa fonte esta EROS nome dado a libido, o desejo sexual; e THANATOS que é impulso de morte, ligado á agressividade.
O inconsciente assemelha se aos conteúdos instintivos da mente, e aos conteúdos recalcados ao longo da historia de vida do individuo, ou seja, conteúdos da nossa infância que hoje repudiamos, como por exemplo o desejo pelo pai ou pela mãe, ou o sentimento de matar. Por isso o inconsciente não esquece nada, todos os incidentes ao longo da vida ficam retidos e estão com a mesma força e vivacidade. O inconsciente é imune ao tempo. 



Fotos: Olhares.com    


Samara Almeida

sexta-feira, 1 de março de 2013

Alguns Métodos psicanalíticos de Sigmund Freud




Agradecimento: 
João Gabriel






Samara Almeida 

A Psicanálise 


Caracteriza-se como uma corrente da psicologia que busca o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objetivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento psíquico. Trata se, ao mesmo tempo, de uma disciplina cientifica que visa descobrir e mapear as estruturas da psique e de um método terapêutico, assente numa relação profunda entre o psicanalista e o paciente.   




From: Francisco Lopes e Olhares.com


Samara Almeida