Depois de ver nos seus clientes o funcionamento
perfeito da estrutura tripartite da alma conforme a teoria de Platão,
Freud volta à cultura grega em busca de mais elementos fundamentais
para a construção de sua própria teoria.
No centro do "Id",
determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo
de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma
rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que
organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de
nossas vidas. Freud introduziu o conceito na sua Interpretação
dos Sonos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem
saber, matou seu pai e se casou com sua mãe. Freud atribui o
complexo de Édipo às crianças de idade entre 3 e 6 anos. Ele disse
que o estágio geralmente terminava quando a criança se identificava
com o parente do mesmo sexo e reprimia seus instintos sexuais. Se o
relacionamento prévio com os pais fosse relativamente amável e não
traumático, e se a atitude parental não fosse excessivamente
proibitiva nem excessivamente estimulante, o estagio seria
ultrapassado harmoniosamente. Em presença do trauma, no entanto,
ocorre uma neurose infantil que é um importante precursor de reações
similares na vida adulta. O Superego, o fator moral que domina a
mente consciente do adulto, também tem sua parte no processo de
gerar o complexo de Édipo. Freud considerou a reação contra o
complexo de Édipo a mais importante conquista social da mente
humana. Psicanalistas posteriores consideram a descrição de Freud
imprecisa, apesar de conter algumas verdades parciais.
RAIANE CRISTINA SOARES
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